terça-feira, junho 26, 2007

Sentir-se querido: Bom D+!

Nada melhor do que esta data para anunciar meu possível retorno ao meu blog. Possível porque não sei qnd vou postar novamente (rsrs), data especial porque hoje é meu aniversário. Gostaria de escrever algo simples, sem poder retórico.

Este é um dia muito feliz, porque sinto que sou uma pessoa querida. Não tem sensação melhor! Apesar das minhas contantes lutas contra minha melancolia, não posso deixar de ser grato a Deus por ter amigos maravilhosos como eu tenho. Amigos que nunca me abandonaram, que gostam de mim como sou - e olha que não sou tão fácil assim de conviver.

Todos os anos passei meu aniversário em companhia de pessoas que me amam. T-O-D-O-S. Não posso reclamar de um sequer. Infelizmente, minha tristeza é não poder estar junto de pessoas que estão distantes, entre eles, minha Keilinha, família e os amigos de Ipatinga.

Agradeço a Deus pela força que vocês me passam, mesmo sem saber. Diante das dificuldades que tenho enfrentado nestes ultimos dias. Tenho sido confortado, mesmo que pouquíssimos saibam o que tem se passado em minha família. Vocês são especiais pra mim. Gostaria muito que vocês todos, amigos meus, recebecem minha gratidão por tê-los perto de mim.


Abraços sinceros.

terça-feira, abril 24, 2007

Sem inspiração (o retorno)

As vezes, não estar inspirado é sinônimo de não ter o que dizer. Ora, por que eu não teria nada a dizer?

Outras vezes, não ter o que dizer é o mesmo de ter tanto a dizer que, atônito, o silêncio torna-se alternativa mais viável.

E mais vezes ainda, os profetas se calam em meio ao barulho ao redor.

E lá vem eu, de novo, sem ter o que dizer por ter muito o que dizer.

Com o silêncio nos lábios e com a garganta abarrotada de palavras forçando para sair.

Mas o silêncio as empurra de volta.

E o barulho continua...

domingo, abril 15, 2007

A Facilidade do sofrimento



O sofrimento é a coisa mais linda. Sorrisos são escancarados frente ao sofrimento. A dor é expressa nas danças e na poesia. O pranto, ao invés de angústia, torna-se simplesmente lágrimas que escorrem no rosto, sem ter significado doloroso, que por sua vez, denota mais festa do que qualquer outra coisa.

Não se assustem. Isso não é sofrimento, obviamente, é apenas o discurso dos que não sofrem. Falam do sofrimento como se fosse uma música triste que desperta uma pequena sensação. São palavras tão distantes da realidade, que não nos convence, pelo contrário, demonstram superficialidade, inexperiência e conclusões sofísticas totalmente teóricas e desvinculadas da verdade.

O leitor atento poderia perguntar: “acaso não são todos que sofrem”? Eu responderia sim ao meu questionador, porém, falaria que nem todos possuem um espinho na carne que, de tão agudo, sua ponta perpassa o âmago da alma, de forma a sair dos lábios do que sofre um grito por tamanha dor.

Quando o apóstolo Paulo refletiu sobre sua vulnerabilidade diante seu sofrimento, o próprio Deus apontou o sentido da dor do que sofre, dizendo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”[1]. Enquanto Paulo buscava o alívio imediato[2], o Senhor dava ao apóstolo a segurança verdadeira, que é o total despojar do homem sob a direção e o controle de Deus. Isto é dizer que a Graça de Deus nos basta.

Por isso Paulo pôde afirmar que “de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas”[3], não porque sofrer é bom, mas sim, pelo fato de que pelo sofrimento, podemos compreender o real significado da total dependência de Deus. Portanto, a beleza não pode estar firmada no sofrimento em si, mas naquele que nos dá Graça para caminhar, a saber, o próprio trino Deus.

Nossa esperança é a certeza de que um dia, o Senhor enxugará do nosso rosto toda lágrima[4]. Minha oração é que vivamos a convicção de que, “leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;”[5]. Assim, podemos prosseguir a entender que o sofrimento é doloroso, difícil, porém, nossa tranqüilidade reside na Graça de Deus, não nos nossos sentimentos.

"e o espinho da carne perpassa minha alma. Eis que surge um gemido no espírito: a Tua Graça me basta!"


[1] 2 Coríntios 12: 9a

[2] No que tange seu sofrimento, Paulo afirmou que por “três vezes rogou ao Senhor que o afastasse dele” (2 Cor 12:8)

[3] 2 Cor 12: 9b

[4] Apocalipse 7: 17

[5] 2 Cor 4: 17

sexta-feira, março 30, 2007

"Muros" e muros

O liberalismo tem principios teóricos importantes para o funcionamento racional da sociedade moderna. Os conceitos de defesa da propriedade privada, a crença nos direitos naturais do homem e o zelo pela racionalização dos recursos públicos, são facetas de uma realidade que trouxe mais dinamização da economia e da máquina estatal.

O problema é quando, em nome desses princípios, o público é tratado como privado. Isso acontece de várias formas, inclusive quando o Estado é convocado a gastar menos a qualquer custo. Portanto, em nome da retenção de recursos, o Estado se pragmatiza. Tudo se torna válido para que o produto final seja alto e com o menor gasto possível - e ainda chamam isso de racionalização.

É assim que os "muros" são criados. "Muros" e muros. Gasta-se menos numa muralha que divide os Estados Unidos do México, do que investimentos sociais que conteria os contigentes latinos em suas nações. Fica mais em conta dividir a Palestina de Israel com muros, do que investir numa longa discussão diplomática, mesmo que o lado "mais forte" perca alguns de seus benefícios. E assim, uma barreira simbólica é erguida juntamente com os cercamentos de concreto e aço, sepando pessoas em troco de um resultado aparentemente satisfatório.

A administração da UFV partiu do mesmo pressuposto, pois, gastar-se-á menos em grades do que em vigias para as entradas secundárias. Então, o pragmatismo da administração se revela a medida que, o investimento nos cercamentos, é inferior à projetos sociais relevantes para um melhora significativa nos indicadores sociais de Viçosa. O que adianta ter um campus mais seguro, sendo que os "delingüentes" continuarão antes das quatro pilastras? Assim sendo, a UFV torna-se uma organização à parte de Viçosa, sendo importante pra ela, tão somente, sua segurança, mesmo que para isso a cidade continue como está.

Contudo, não nos enganemos: somos tão mesquinhos quanto essa administração, uma vez que, esses "muros" existem antes dos muros. Nos cercamos em nossa mediocridade, quando nos decidimos manter nossa "vidinha" acadêmica distante da realidade da cidade. Por isso, a reitoria apenas levantou as cercas onde as bases já estavam lançadas, ou seja, dentro de nós mesmos.

Enfim, nosso silêncio denuncia nossa parcela culpa, e o barulho, nossa capacidade de agir quando as coisas já aconteceram. E continuamos assim: remediando o que poderia ser evitado. Está na hora de nos erguermos contra tudo isso, não apenas em protestos ou em textos carregados de emoções, mas em atitudes comprometidas com o próximo, no nosso cotidiano. Usemos nosso conhecimento como chave libertadora, para assim, lamentarmos com honestidade toda essa lastimável situação.


segunda-feira, março 26, 2007

à procura


Voltei. Ufa, até que enfim. Quase um mês sem postar nada. De fato, a duas ou mais semanas atrás eu escrevi um texto. E confesso sem falta modéstia que eu gostei. Pra ser sincero, não me lembro do que se tratava. Só sei que parecia uma obra prima. Mas deu tudo errado: deu pau e foi todo deletado.

Fiquei irado. Sem exagero, me senti como um esculpidor que vê sua obra derrubada pelo vento. Resolvi escrever de novo. Aí que a raiva veio maior: não consegui manter a coesão das palavras como antes. Preferi deletar e escrever outra coisa, porém, não saiu nada digno de ser lido. Diante disso, dei uma desanimada. E hoje volto, com tudo, na tentativa de ser sincero e compartilhar algo relevante.

Hoje começou o primeiro dia letivo na universidade que estudo. Estou cheio de expectativas. Tenho muito trabalho pela frente, tanto acadêmico quanto em outras esferas da minha caminhada. Não gostaria de citar um a um, mas sim, tentar exprimir com essas palavras, algum sentimento que sugira meu atual estado.

Estou procurando a motivação certa para execução de minhas atividades. Vivemos em busca disso. E afirmo que nessas férias, deixei que minhas projeções mentais para período servissem de ânimo para mim. Hoje penso que, apesar de isso em partes não ser ruim, vejo que é insuficiente.

Quero ser motivado pela graça de Deus, sobretudo, no reconhecimento das minhas fragilidades. Tento lembrar todos os dias que passo, aquela confortadora palavra de Jesus: "sem mim nada podeis fazer". Isso sim é motivação. Minha imaginção fértil pode até me trazer idéias, mas nunca conforto de que, tudo que faço, é só pela graça.

Daí, eu descanso. Entrego o volante e passo para o banco de trás. Isso não significa inatividade ou preguiça, no entanto, confiança naquele que está no controle de todas as coisas. Sou apenas um cooperador, simples e completamente dependente de Deus.

Contudo, as palavras atuam também facilitando ou amaciando a realidade. Nos abandonar em total confiança em Cristo é uma tarefa difícil. Demanda oração, leitura da Bíblia, desabafos com amigos, choro, frutrações e outras coisas mais. Mas estou disposto, por mais que doa, confio no que me espera.

Nunca quero esquecer: a mediocridade, apesar de atraente, nunca será páreo para os que esperam no Senhor. Não porque esses são fortes, mas sim, porque o incômodo daqueles que Nele esperam, é o verdadeiro antídoto contra esse engano. Quero esperar no Pai, na certeza que minha forças serão sempre renovadas por ele.

Um grande abraço, aos meus amigos leitores.

quinta-feira, março 01, 2007

A Verdade e a capa


Lá vem eu de novo. Depois de tanto tempo fora de ar, retorno com um pouco mais de mim. Venho novamente decepcionar minhas expectativas de expor temas relevantes para todos, como o título do blog já sinaliza. No momento em que me encontro, só posso falar de mim mesmo.

Deus tem me dado coragem, apesar da minha relutância. Prefiro o medo. Não sei porque isso acontece. Quando abro as Escrituras vejo tanta coisa que Deus me oferece, porém, continuo confiando nas minhas forças. Incrível!

Minha capacidade de tentar prever a reação dos outros revela dia-a-dia minha fraqueza. Meu desejo de agradar todo mundo. Minha vontade de ser bem aceito supera minha integridade. Meu egoísmo me faz querer manter algumas pessoas ao meu lado, sem deixar de excluir tantas outras.

Eis que surge o meu lamento: "o mal que não quero, esse pratico"[1]. Porém, insisto em manter-me aquecido com minha capa hipócrita da boa aparência. Sou patético, confesso. No entanto, sou convidado a desmascarar minha mediocridade.

Esse convite é reforçado quando aproximamos de Cristo, o Logos, a Verdade que virou carne. Essa Verdade é libertadora, foi assim que o próprio Jesus afirmou. A incoerência se instala quando falamos da Verdade mesmo quando essa não nos liberta. Sendo assim, nosso discurso se torna vazio e distante da nossa realidade. Nos alienamos. E a capa continua, nos aquecendo e confortando.

Quero ser "desencapado", mesmo que isso atinja minha imagem. Atualmente, nem tenho ligado tanto pra ela assim. Sabe por que? Porque reconheço que apesar de ser imagem e semelhança de Deus, sou essa imagem distorcida e danificada pelo pecado. Isso significa que capa alguma é capaz de disfarçar essa realidade. Minha segurança diante meu disfarce é enganoso e aparente.

Em meio a tudo isso, agradeço a Deus por sua Graça, por ele me oferecer aquilo que não mereço, por não me dar a condenação que me era por direito. Sua misericordia me motiva a ser grato. Meu desejo de mudança surge então num desejo de retribuir ao Pai àquilo que Ele já fez por mim.

Meu pessimismo não me desanima. Muito pelo contrário. Vou nesse caminho da vida lamentando minha fraquezas sem me esquecer naquele que me fortelece. Portanto, posso dizer que a Graça de Cristo me basta e, que sua Verdade, me direciona a livrar dos meus medos, rumo ao conhecimento de Deus e de mim mesmo.

[1] Romanos 7

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Eu e meus poemas


Nunca fui poeta. Nem sei se os versos que escrevo podem ser chamados de poesia. Apenas brinco com as palavras e, mesmo assim, não tenho certeza se faço com beleza. Apenas sei que poesias me chamam a atenção, principalmente as cantadas. A beleza sonora ao encontro da harmonia músical é realmente emocionante!

Entretanto, o eu-lírico não precisa ter compromisso com o que escreve. Pode falar de amor sem amar; de alegria sem sorrir; de Deus sem mesmo crer nEle. Somos convencidos pela estética: pelo poder das palavras. Temos uma atração pelo belo, mesmo que este não seja verdadeiro. Se nos agrada, somos impressionados.

E é aí que entra minhas poesias. Apesar de sua relativa beleza, procuro expressar nelas meu eu. Sentimentos profundos se externam através de pouquíssimas palavras. Quando lembro da proposta da criação desse meu blog e do que hoje ele é, fico muito satisfeito. Queria falar de cristianismo, mas tenho ressaltado o que Cristo tem feito em mim. Propus falar de cultura, porém, pouca coisa falei disso. De sociedade, menos!

O EU tem prevalecido: em prosa e versos, belos ou feios; mas nunca insinceros. Não tem sido fácil essa nova proposta. Fazer com que o eu prevaleça, significa escancarar sentimentos outrora não revelados. E mais do que nunca tenho aprendido é gritar meus medos, declamar minhas dificuldades. Assim como Jesus no Getsêmani não se envergonhou de sua dôr e sofrimento, abrindo-se aos seus discipulos, sou desafiado a agir assim, sendo esse blog um importante meio para isso.

Portanto, bem ou mal continuarei poetizando meus sentimentos; proseando o Cristo Redentor; celebrando nossa cultura e entendendo nossa sociedade. Caminhem comigo meus leitores, rumo ao conhecimento de nós mesmos.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Ah!

Ah!
Se eu falasse o muito que penso
Se eu fizesse o pouco que falo
Se agisse o mínimo que deveria:

Eu certamente seria,
uma pessoa melhor
um amigo mais amável
um cristão mais dedicado.

Ah!
Se meu lamento se transformasse em ação
Antes do meu fazer, reflexão
Se meu riso desmascarasse a tristeza:

Eu teria, com certeza,
a sinceridade que deveria
a tranqüilidade amiga,
a paz, constante que motiva.

domingo, janeiro 28, 2007

Vida sem (com) sentido


Vida sem sentido
Um sorriso esculpido
Um choro esquecido
Pois ví, um braço estendido.

Não foi um mal-entendido?
Como poderia alguem ter me erguido?
Sendo eu pobre, pecador e falido.
Senti-me constrangido por tamanho abrigo.

Em troca disso, um coração compungido
Um momento refletido,
de enfim acreditar,
numa vida com sentido.