segunda-feira, setembro 29, 2008

ENTREGA



NÃO
VOU FALAR NADA MAIS.
ME CALO. SINTO.
ME EMPUTEÇO, ESMOREÇO.
DOU SOCOS NO AR. ME ASSENTO.
COLOCO A CABEÇA ENTRE OS JOELHOS
ME LEVANTO. TENTO, MAS NAO CONSIGO
REPITO E ERRO.
DESISTO. CHORO...
MAS RECOMEÇO.
E ENFIM, CANSADO, ME ENTREGO A ELE.
E EM PAZ ME DEITO E PEGO NO SONO...


Reflexão feita dia 24/09 na aula de Pensamento Brasileiro. Na falta do que fazer... contemplo! rs

quarta-feira, setembro 24, 2008

Voando com o vento

Foto: eu na praia em Cabo Frio - RJ

Não vou repetir os clichês de outrora, até porque,

a previsibilidade das minhas palavras denunciam o que sinto.

Escolho então me entregar ao vento,

pois sei que aquele que sopra sabe para onde vou.

Ao voar no horizonte, tenho saudade do que deixei

Mesmo quando danço com as aves,

a nostalgia me faz perder o balanço. Ao pousar sobre as ondas,

lembro da areia fofa e das conchinhas do mar que ajuntei.

Com o vento, decido voltar para meu lugar.

Não mais o mesmo, pois quem tocou o pôr do sol não

pode andar com os mesmos passos.

E de braços abertos espero por ele, pronto, para a próxima viagem.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Em viagem

BOX
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Com um sorriso na mente e um abraço guardado,
parto para uma viagem rumo ao desconhecido.
Não sei se volto e nem pra onde vou.
Mas sei que você estará comigo para onde eu estiver.
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BOX




quarta-feira, setembro 10, 2008

A melodia desconhecida


Imagem: http://ramalho.com.sapo.pt

Que sentimento é esse que não consigo descrever?
As palavras fogem, os sentidos somem, a mente pára!
Pensei que sabia, achei que entendia, mas a única coisa que sei é que é forte, confuso, caótico...
refexo de mim, eu sei.

É como uma música bonita que se ouve sem saber quem toca.
Você procura, corre pra conhecer, mas não acha!
E o pior: a melodia não sai da minha cabeça,
é tão boa de ouvir!

Com tudo isso, a poesia faz mais sentido pra mim.
O amor triste encarna em meu ser,
no paradoxo vivo da solidão e do bem querer;
e sigo assim, cantando a canção que não conheço, mas amo!

quinta-feira, setembro 04, 2008

O Triunfo da Providência

Não adianta tentar escapar da providência de Deus. O fato é que mesmo sabendo disso, vivemos como amigos do acaso, e como tais, esperamos mais dele do que de Deus. Assim, temos nossas expectativas firmadas num destino fluido, em que tudo pode acontecer. Dai vem a tônica do "depende de nós".

Ser senhor de si dá nisso: falsa segurança e esperança na sorte. Aquele que confia em si mesmo depende do lançamento de dados de seu deus pagão. Viver sob a providência de Deus, ao contrário, é duvidar do eu, é esperar naquilo que se não vê, é ter certeza que o caminho só tem horizonte nEle.

Vivo assim, em uma guerra declarada contra o acaso. Batalha essa que me traz grandes baixas: sentimentos mutilados, certezas decepadas, coração contrito; alma atingida, mente ferida, esperança aflingida. Até a alegria da salvação através da Graça perde seu sabor diante de um inimigo tão sagaz.

Mas luta não pára. Apesar das baixas, não cesso de me empenhar. Descubro com o tempo que Deus luta por mim. Que a vida e morte do seu Filho derrotou o acaso e seus demônios. Assim, esperança resurge no caos como uma ave fenix após o fogo. E as baixas dão lugar para novas peças repostas e prontas para mais uma luta.