
Nunca fui poeta. Nem sei se os versos que escrevo podem ser chamados de poesia. Apenas brinco com as palavras e, mesmo assim, não tenho certeza se faço com beleza. Apenas sei que poesias me chamam a atenção, principalmente as cantadas. A beleza sonora ao encontro da harmonia músical é realmente emocionante!
Entretanto, o eu-lírico não precisa ter compromisso com o que escreve. Pode falar de amor sem amar; de alegria sem sorrir; de Deus sem mesmo crer nEle. Somos convencidos pela estética: pelo poder das palavras. Temos uma atração pelo belo, mesmo que este não seja verdadeiro. Se nos agrada, somos impressionados.
E é aí que entra minhas poesias. Apesar de sua relativa beleza, procuro expressar nelas meu eu. Sentimentos profundos se externam através de pouquíssimas palavras. Quando lembro da proposta da criação desse meu blog e do que hoje ele é, fico muito satisfeito. Queria falar de cristianismo, mas tenho ressaltado o que Cristo tem feito em mim. Propus falar de cultura, porém, pouca coisa falei disso. De sociedade, menos!
O EU tem prevalecido: em prosa e versos, belos ou feios; mas nunca insinceros. Não tem sido fácil essa nova proposta. Fazer com que o eu prevaleça, significa escancarar sentimentos outrora não revelados. E mais do que nunca tenho aprendido é gritar meus medos, declamar minhas dificuldades. Assim como Jesus no Getsêmani não se envergonhou de sua dôr e sofrimento, abrindo-se aos seus discipulos, sou desafiado a agir assim, sendo esse blog um importante meio para isso.
Portanto, bem ou mal continuarei poetizando meus sentimentos; proseando o Cristo Redentor; celebrando nossa cultura e entendendo nossa sociedade. Caminhem comigo meus leitores, rumo ao conhecimento de nós mesmos.