quinta-feira, dezembro 28, 2006

Novidades diferentes


Se escrevia apenas em papéis!
Com penas, lápis, canetas...
E hoje? Máquinas!

Datilografia: palavra antiga, obsoleta.
Carta: só se for por e-mail.
Telegrama: que?

(...)

Ctrl C + Ctrl V...

Parece que sempre foi assim.

Como acostumamos fácil com as mudanças! Como nos adaptamos bem às novidades. Falando nisso, uma novidade deixa de ser tal em questão de minutos.
Daqui um tempo, de segundos.

Esquecemos daqueles que não conhecem essas "novidades".
Não sabem o que é ctrl, nem alt, nem del.
Nunca ouviram falar em caps look.
Nem imaginam o que é um "pen drive".

Novidade com poucas oportunidades.
Privilégios limitados.
Eis a campanha: celular pra todos,
nem que a maioria tenha dinheiro
apenas para os 3 segundos!

Eu queria
(Desligo)
perguntar a você
(Desligo)
que INCLUSÃO é essa, pow!
(você falou 0,04 segundos. Você gastou R$ 0,99 centavos).

Novidades tecnológicas,
não és tú a culpada.
És vítima também
fostes usada para o bem comum do capital,
para alegria dos que podem,
e para o desejo de quem nada tem.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Por um ano sem epitáfios


“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer”
(Epitáfio - Música dos Titãs)


O ano de 2006 acabou. Não adianta mais sentir remorso, nem ficar imaginando o que poderia ter sido melhor. Fim de ano é momento de reflexão: meditar no que foi, orar pelo que será e planejar o que tem que ser. O incômodo do que não aconteceu tem que gerar novas expectativas, novos rumos. A simples lembrança ou a indiferença do passado recente não produz nada além do continuísmo.

Essa música dos Titãs é muito interessante. Dificilmente alguém não se identifica com esse poeta ao evocar seus “devia ter”. É difícil, mas temos que reconhecer que realmente, devíamos ter amado mais, arriscado mais... Mas há um ponto nessa canção que precisa ser ressaltado: o título. Epitáfio, segundo a enciclopédia virtual wikipédia, significa “frases escritas sobre túmulos , mausoléus e campas cemiteriais para homenagear pessoas ali sepultadas, tradicionalmente, escrita em versos”.

Fazer de nossas reflexões uma placa de decoração da nossa tumba é inútil. A análise de nós mesmos tem que ser feita enquanto é tempo. Contudo, essa meditação é muito bonita quando cantada, mas um exercício difícil na vida real. Olhar pra trás nem é tão difícil, o desafio maior é fazer dessas críticas motor para uma vida nova.

Vou mais além: sem o auxílio de Deus, nossa reflexão tende ao vazio. A partir do momento que realmente Cristo faz parte da nossa vida, de forma completa, por conseqüência, nossos pensamentos são paltados sob as Escrituras, pois cremos ser esta a Palavra de Deus, ou seja, esta contém o que precisamos para desenvolver nossa pessoalidade e espiritualidade. E mais: passamos a crer que a nossa vida está no controle do Pai. Isso implica que uma mente que pensa e num coração que pulsa uma expectativa de dias melhores.

Diante disso, desejo a todos meus amigos(as) leitores(as) um ano de melhoras. Não vou desejar dinheiro, momentos felizes ou coisas do tipo. Desejo sim, que possamos enfrentar de frente todas as dificuldades que nos esperam. Espero que todos nós encaremos o sofrimento como parte da nossa existência, não de forma desesperada, muito menos masoquista. Mas sim, buscando aprender com os nossos tropeços. A alegria que peço, é a alegria de Cristo. E esta, é perene, até mesmo nas dificuldades.

Um abraço especial a todos vocês que no decorrer deste ano que passou leram minhas postagens.

Teologia e cotidiano

Pensei em escrever algo sobre o natal. Tentei, mas não saiu nada que presta. Comecei a pensar em outra coisa. Até que lembrei de algo bastante curioso. Recordei-me de um dia que estava vendo um programa de entrevistas no Globo News. O entrevistado era um renomado jornalista, o Zeca Camargo. Ele estava fazendo um balanço sobre suas viagens pelo mundo.

Na verdade, sua entrevista era para divulgação do seu livro. Entrevista vai, resposta vem, e algo me chamou a atenção. A repórter comentou sobre sua apatia com a religião. Zeca concordou. A jornalista então, fez uma pergunta brilhante: qual era sua relação com o ateísmo após ver tantas manifestações religiosas nos cincos continentes?

Antes, uma pausa. O que um ateu “sensato” responderia numa situação dessas? Tenho um palpite. Um descrente responderia que ficou impressionado com a minoridade e superstição presente em todas as culturas por ele visitadas. Entretanto, nosso querido apresentador do fantástico respondeu o aposto.

Mais uma pausa. Teria o cristianismo uma explicação à resposta do Zeca Camargo? Será que sua mudança de postura foi um simples convencimento intelectual? Pois bem, Zeca Camargo disse que após ver tanta expressão de religiosidade em todas as culturas, teria que haver um denominador comum sobre tudo aquilo. Ou seja, o jornalista ex-ateu reconheceu: “tem que haver uma entidade superior que, de alguma forma, motiva essa sede do ser humano em desvendar esse sublime”.

De fato, o cristianismo tem uma explicação coerente para o fenômeno da mudança de mente do jornalista global. Todos sabemos que Deus se revelou à humanidade de forma pessoal, através dos patriarcas - Abraão, Isaque, Jacó... - e dos profetas. Para que isso se eternizasse, essa revelação foi inspirada nas letras, que hoje chamamos de Bíblia (Revelação Especial).

Entretanto, Deus se revelou de forma completa na pessoa de Cristo, o Logos encarnado: a Palavra vida. Sobretudo, existe outra forma de revelação divina, que os teólogos denominam de Revelação Geral. Portanto, Deus não se revelou apenas de forma objetiva nas Escrituras e em Cristo, mas também através da sua criação, incluindo, a humanidade.

Apesar de a humanidade carregar a mancha do pecado, não deixamos de ser “imagem e semelhança de Deus”. Apesar de essa imagem estar distorcida pelo pecado original, pela Graça de Deus, essa imagem apesar de desfocada, continua ser a imagem de Deus. Portanto, segundo o teólogo Vicent Cheung, “o conhecimento de Deus pelo homem é só possível porque Deus fez o homem a sua imagem, de forma que há um ponto de contato entre os dois, a despeito da transcendência de Deus” (CHEUNG, Vicent, Teologia Sistemática).

Por isso Zeca Camargo reconheceu a Deus, por ter tido um contato de forma concentrada com a humanidade, de forma bastante plural. Obviamente, não siginifica que o Zeca se tornou cristão. Apenas deixou de ser cético como era.

Obs.: obviamente, não me lembro das palavras usadas pelo Zeca Camargo na entrevista. Mas é mais ou menos isso que coloquei (rs).

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Arte - História - Ciência


Como um músico compõe uma canção,
Como um poeta expõe seus sentimentos num papel,
Como um artista faz uma argila digna de admiração:
Eu escrevo e faço História.

Faço arte com a ciência,
Imagino sobre os dados empíricos
Especulo sobre as lacunas,
Eu escrevo e faço História.

Dia-a-dia reconcilio duas irmãs separadas,
A senhora arte e a dona ciência.
Esta desprezou aquela,
Aquela achou que não precisava desta.
Por isso continuo
escrevendo
e
fazendo
História.

sábado, dezembro 16, 2006

A Totalidade da Graça

Muito me intriga a dicotomia entre espiritual e secular que os cristãos acreditam. Parece que Cristo é apenas Senhor da nossa espiritualidade, não das nossas atividades, sentimentos e relacionamentos. Quando assim pensamos, enganamos a nós mesmos. Ou Cristo está presente em nossa vida como um todo, ou está ausente. Não existe uma presença parcial ou incompleta.

Aliás, na carta de S. Paulo aos Efésios cap 1:10, mostra que através do sacrifíco de Cristo na Cruz, ele fez congregar Nele, "todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra". Isso significa que todas as coisas estão convergidas em Cristo mediante a redenção. Ora, por que insistimos em compartimentar nossa vida no que é ou não espiritual, sendo que em Cristo está todo o domínio?

Portanto, espiritualidade é conseqüentemente, um caminhar na totalidade da Graça. É compreender que, "quer comamos, quer bebamos, quer façamos qualquer outra coisa, fazemos para glória de Deus" - como disse S. Paulo. Ora, glorificar a Deus não se restringe a cultos e devocionais, mas num caminhar reconhecendo Cristo como Senhor, adorando-o com a vida, fazendo com que Cristo esteja presente em cada parte de nossa vida.

Isso significa que somos livres para o mal? Certamente que não. Dizer que todas as coisas convergem para Cristo não é afirmar que o pecado faz parte desse pacote. Somos pecadores e todas as nossas obras, sejam elas boas ou não, estão manchadas e distorcidas pelo pecado. Porém, é aí que entra a totalidade da Graça. Somos completamente pecadores, mas plenamente redimidos. Portanto, o não espiritual em nossa vida não é o não religioso, mas aquilo que de alguma forma não revela nosso carater de redimidos.

Entretanto, não dá pra dizer ao certo o que em nossa vida secular contradiz a Graça, pois, em suma, tudo deveria convergir. Portanto, o que nega e diverge com nossa redenção, é pecado. Ou seja, pecado não tudo que é secular, porém, tudo que nos impede de vislumbrar a Graça e de ter um maior comunhão com Deus. Isso pode ser relativo de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. O que nos resta é conhecer os princípios bíblicos, para que possamos refletir sobre o que fazemos ou pensamos.

Lembremos, como disse C. S. Lewis no livro Cristianismo Puro e Simples, o critianismo não é a religião da abstêmia, mas da moderação e do "tudo é lícito, mas nem tudo convém". Que tenhamos sabedoria para não rejeitar as coisas boas da vida em nome de Cristo, pois muitas destas coisas são saudáveis a nós. O que nos "edifica" não é apenas o que é falado na igreja, mas aquilo que nos completa, tanto no nosso caminhar diário com Deus, quanto no nosso crescimento como seres humanos.

"Porque dele e por Ele, e para ele são todas as coisas".

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Uma triste poesia


A arrogância me desanima.
A intolerância me desatina.
A dúvida perpassa minha mente.
O desgosto surge de repente.

Pergunto, por que tudo isso?
Onde inventaram um Cristo dividido?
Por que tanto exclusivismo?
Pra quê tanto 'excluivismo'?

Diversidade que me desafia.
Unidade que me ilumina
Humildade, esta me inspira.
Amizade, me re-anima.

Um tapa é dado
Um rosto é virado
O amor, quem sabe,
talvez,
um dia,
entre nós cristãos,
novamente,
compartilhado.

obs.: Um sentimento expresso por ler na internet ofessas entre cristãos de diferentes denominações.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Amigos, amigos!

O sorriso de vcs, amigos, me provoca risos!
O choro de cada um umidece meus olhos.
O sucesso todos vcs também me alegra.
É bom ter amigos. É gratificante vê-los crescer.
Melhor ainda é crescer juntos!" (BIANCH, Gustavo)


Música que tem ocupado bastante minha mente:

Canção Da América
Milton Nascimento

Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de 7 chaves,
Dentro do coração,
assim falava a canção que na América ouvi,
mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir,
mas quem ficou, no pensamento voou,
o seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou,
uma lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito,
mesmo que o tempo e a distância digam não,
mesmo esquecendo a canção.
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Seja o que vier,
venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.