quarta-feira, fevereiro 11, 2009

A gente só queria o amor




"A estrada vai além do que se vê". Alguém ja cantava isso antes da nossa caminhada. Meu entendimento era limitado diante da imensidão do horizonte que você me apontava. Tentei optar por alguma via que me sugerisse essa felicidade tão sonhada. Não consegui, meu coração fez isso por mim.

Quando assustei já estava de mãos dadas com você. Assim deixei essa melodia embalar nosso passeio. As flores, a praia bela, as águas que batiam nos pés, o pôr do sol, os pássaros, o frescor do vento, as árvores que balançam, a areia fofa, as conchinhas do mar... o calor do sol! Todo cenário era só nosso, meu e seu.

"A gente corre pra se esconder e se amar até o fim". Também já cantei isso em alguma ocasião. Mas agora é diferente. Eu corri com você! O esconderijo era ali mesmo, no meio de todos. Conseguíamos sentir plenamente a força dos nossos sorrisos. No profundo do nosso olhar, me vi nos teus olhos. Tornou-se o espelho de mim. Era nada menos que o verde turvo dos meus olhos, o desenho exato da alegria poetizada na iris castanha dos seus.

O fim a gente não conseguia ver, afinal, olhávamos juntos para o horizonte belo. A decisão foi parar de correr. A estrada era longa. Parecia eterna. Ficamos ali, fitando o pôr do sol e à espera de um novo começo.

As aspas correspondem trechos das músicas: Além do que se vê e Conversas de botas batidas, ambas do Marcelo Camelo.