quinta-feira, agosto 27, 2009

Parar e olhar: eis o Caminho

Parei um minuto para olhar para o mundo. Depois de tanto procurar "não sei o que", dei um tempo pra mim mesmo e olhei. A maneira que me coloquei não permitia aferir em uma direção apenas. Parece que girei junto com a Terra, descobrindo aquilo que não é. 

Só deu pra perceber a dificuldade de parar. Só deu pra notar minha pouca habilidade em olhar pra dentro, porque a imagem que vem de fora, antes necessita de se encontrar aqui dentro. Do contrário, as coisas são apenas objetos inanimados que escarnecem da estupidez da nossa agitação. É a inércia do corpo que dá movimento às coisas, porque o olho só focaliza quando o corpo deixa. É a sincronia da vida, o passo que se dá depois do outro e só. 

Enquanto continuarmos no compasso da marcha fúnebre deste século, a direção para ser caminhada será apenas o chão que repousa nossos pés. Nossa existência se resumirá em puxar o oxigênio deste ar impuro e expirar todo "cê-ó-dois" sem graça nem brilho. 

Quero assim, parado, enxergar o rumo do caminho que me escolheu pra andar. Quero assim, olhando, encontrar o ritmo do próximo passo que devo caminhar. Alguém me disse uma verdade que vale a pena destacar, que nesta caminhada não importa a velocidade de andar, apenas o rumo, a direção. O Caminho já temos. Basta prosseguir!