quinta-feira, dezembro 18, 2008

A Tua Graça...


Imagem extraida de:
http://www.casadacultura.org/arte/arte_digital/angel_estevez/Abstrato_4.jpg

Cenas horríveis de se vê. Assim que me sinto diante de sentimentos que perpassam minhas faculdades mentais. Pensar é um exercício emocional também. Por mais racionalista que um indivíduo possa ser, todo seu intelecto é inundado pelos flashs incessantes das emoções. É dialético, como uma síntese que se transforma sempre em uma nova tese em busca do seu oposto. O resultado disso são imagens que abarrotam nossas mentes. Elas produzem sensações que contrastam com nossas certezas. Tiram nosso chão, nos obrigando a ter que flutuar assim mesmo, sem tempo de aprender.

As opções que temos são poucas: ou se rende ao que se vê ou caminha sem se importar. Minha impressão é que essas duas vias acarretam tantas outras que a encruzilhada que vejo tem direções infinitas. E quem liga para impressões? Eu, sim, eu me importo com elas. Desse jeito, no meio a essas conclusões percebo minhas limitações. Dificilmente eu saberia me resolver frente às imagens ilusórias que vislumbro. E Deus aqui não aparece como o super-herói que vem para resolver os problemas do menino moço bomzinho.

Longe disso! O Deus todo podereso é o Deus que deixa. Não pelo gosto do sofrimento alheio, mas pelo preço colocado diante nossas escolhas. A graça não anula o valor das nossas decisões, pelo contrário, ela as reforça. É daí que vem a força que precisamos, pois é nos ares que podemos ver o Senhor de perto. Meio inquieto, com pouca coragem, posso ouvir aquela voz melodiosa dizendo: "a minha graça te basta".

Minha resposta é silenciosa. E prossigo fraco, mas consciente da sua presença.

Isso me basta!


sexta-feira, dezembro 12, 2008

Palavras



Palavras avulsas, sortidas, sem nexo.
Como o Eu que se encontra num lugar desconhecido.
É bem longe, distante de tudo.
Lá elas tomam corpo e tornam-se vãs.
E mostram que toda verdade é antes provada pelo vazio.

Os vários sentimentos se colidem em discussão,
na decisão de se fundirem com o nada.
Até que vem o vento e embaralha todos os retalhos.
Dispersos, desencarnam.

Vem o silêncio.

domingo, dezembro 07, 2008

Minha Cecília


"O vento do meu espírito
soprou sobre a vida.
E tudo que era efêmero se desfez.
E ficaste só tu, que és eterno..." (Cecília Meireles)


Posso te chamar de musa?
Se me inspiras, por que não te chamarias?
Tuas palavras, teus sonetos, teus convites...
Sim, eu aceito! Dancerei com vc nas nuvens,
correrei sobre os outreiros no horizonte.

Posso te chamar de minha?
Se navego nos teus sonhos, porque não serias?
Tuas ilusões, tuas imagens, tuas viagens...
Sim, eu aceito! Regaremos nossos jardins de insonia
com a melancolia que nos embriaga.

Sim, tudo sim, apenas sim, minha Cecília!

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Além de tudo ela é a cara da minha mãe! rs


segunda-feira, dezembro 01, 2008

Amar-amaro


Te libero para
ser aquilo que não deixo. Vá para
onde não quero. Ande, antes que eu desista!

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Ai de mim,
homem de ânimo dobre!

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Dificil,
penso.
Não me deixo levar.
E me calo para sentir as
contradições que me cercam.
Normal é se entregar, o certo é não resistir.
Quero o que quero. Tu sabes!

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Decifre meu
coração e leve
o que é teu.