sexta-feira, março 30, 2007

"Muros" e muros

O liberalismo tem principios teóricos importantes para o funcionamento racional da sociedade moderna. Os conceitos de defesa da propriedade privada, a crença nos direitos naturais do homem e o zelo pela racionalização dos recursos públicos, são facetas de uma realidade que trouxe mais dinamização da economia e da máquina estatal.

O problema é quando, em nome desses princípios, o público é tratado como privado. Isso acontece de várias formas, inclusive quando o Estado é convocado a gastar menos a qualquer custo. Portanto, em nome da retenção de recursos, o Estado se pragmatiza. Tudo se torna válido para que o produto final seja alto e com o menor gasto possível - e ainda chamam isso de racionalização.

É assim que os "muros" são criados. "Muros" e muros. Gasta-se menos numa muralha que divide os Estados Unidos do México, do que investimentos sociais que conteria os contigentes latinos em suas nações. Fica mais em conta dividir a Palestina de Israel com muros, do que investir numa longa discussão diplomática, mesmo que o lado "mais forte" perca alguns de seus benefícios. E assim, uma barreira simbólica é erguida juntamente com os cercamentos de concreto e aço, sepando pessoas em troco de um resultado aparentemente satisfatório.

A administração da UFV partiu do mesmo pressuposto, pois, gastar-se-á menos em grades do que em vigias para as entradas secundárias. Então, o pragmatismo da administração se revela a medida que, o investimento nos cercamentos, é inferior à projetos sociais relevantes para um melhora significativa nos indicadores sociais de Viçosa. O que adianta ter um campus mais seguro, sendo que os "delingüentes" continuarão antes das quatro pilastras? Assim sendo, a UFV torna-se uma organização à parte de Viçosa, sendo importante pra ela, tão somente, sua segurança, mesmo que para isso a cidade continue como está.

Contudo, não nos enganemos: somos tão mesquinhos quanto essa administração, uma vez que, esses "muros" existem antes dos muros. Nos cercamos em nossa mediocridade, quando nos decidimos manter nossa "vidinha" acadêmica distante da realidade da cidade. Por isso, a reitoria apenas levantou as cercas onde as bases já estavam lançadas, ou seja, dentro de nós mesmos.

Enfim, nosso silêncio denuncia nossa parcela culpa, e o barulho, nossa capacidade de agir quando as coisas já aconteceram. E continuamos assim: remediando o que poderia ser evitado. Está na hora de nos erguermos contra tudo isso, não apenas em protestos ou em textos carregados de emoções, mas em atitudes comprometidas com o próximo, no nosso cotidiano. Usemos nosso conhecimento como chave libertadora, para assim, lamentarmos com honestidade toda essa lastimável situação.


segunda-feira, março 26, 2007

à procura


Voltei. Ufa, até que enfim. Quase um mês sem postar nada. De fato, a duas ou mais semanas atrás eu escrevi um texto. E confesso sem falta modéstia que eu gostei. Pra ser sincero, não me lembro do que se tratava. Só sei que parecia uma obra prima. Mas deu tudo errado: deu pau e foi todo deletado.

Fiquei irado. Sem exagero, me senti como um esculpidor que vê sua obra derrubada pelo vento. Resolvi escrever de novo. Aí que a raiva veio maior: não consegui manter a coesão das palavras como antes. Preferi deletar e escrever outra coisa, porém, não saiu nada digno de ser lido. Diante disso, dei uma desanimada. E hoje volto, com tudo, na tentativa de ser sincero e compartilhar algo relevante.

Hoje começou o primeiro dia letivo na universidade que estudo. Estou cheio de expectativas. Tenho muito trabalho pela frente, tanto acadêmico quanto em outras esferas da minha caminhada. Não gostaria de citar um a um, mas sim, tentar exprimir com essas palavras, algum sentimento que sugira meu atual estado.

Estou procurando a motivação certa para execução de minhas atividades. Vivemos em busca disso. E afirmo que nessas férias, deixei que minhas projeções mentais para período servissem de ânimo para mim. Hoje penso que, apesar de isso em partes não ser ruim, vejo que é insuficiente.

Quero ser motivado pela graça de Deus, sobretudo, no reconhecimento das minhas fragilidades. Tento lembrar todos os dias que passo, aquela confortadora palavra de Jesus: "sem mim nada podeis fazer". Isso sim é motivação. Minha imaginção fértil pode até me trazer idéias, mas nunca conforto de que, tudo que faço, é só pela graça.

Daí, eu descanso. Entrego o volante e passo para o banco de trás. Isso não significa inatividade ou preguiça, no entanto, confiança naquele que está no controle de todas as coisas. Sou apenas um cooperador, simples e completamente dependente de Deus.

Contudo, as palavras atuam também facilitando ou amaciando a realidade. Nos abandonar em total confiança em Cristo é uma tarefa difícil. Demanda oração, leitura da Bíblia, desabafos com amigos, choro, frutrações e outras coisas mais. Mas estou disposto, por mais que doa, confio no que me espera.

Nunca quero esquecer: a mediocridade, apesar de atraente, nunca será páreo para os que esperam no Senhor. Não porque esses são fortes, mas sim, porque o incômodo daqueles que Nele esperam, é o verdadeiro antídoto contra esse engano. Quero esperar no Pai, na certeza que minha forças serão sempre renovadas por ele.

Um grande abraço, aos meus amigos leitores.

quinta-feira, março 01, 2007

A Verdade e a capa


Lá vem eu de novo. Depois de tanto tempo fora de ar, retorno com um pouco mais de mim. Venho novamente decepcionar minhas expectativas de expor temas relevantes para todos, como o título do blog já sinaliza. No momento em que me encontro, só posso falar de mim mesmo.

Deus tem me dado coragem, apesar da minha relutância. Prefiro o medo. Não sei porque isso acontece. Quando abro as Escrituras vejo tanta coisa que Deus me oferece, porém, continuo confiando nas minhas forças. Incrível!

Minha capacidade de tentar prever a reação dos outros revela dia-a-dia minha fraqueza. Meu desejo de agradar todo mundo. Minha vontade de ser bem aceito supera minha integridade. Meu egoísmo me faz querer manter algumas pessoas ao meu lado, sem deixar de excluir tantas outras.

Eis que surge o meu lamento: "o mal que não quero, esse pratico"[1]. Porém, insisto em manter-me aquecido com minha capa hipócrita da boa aparência. Sou patético, confesso. No entanto, sou convidado a desmascarar minha mediocridade.

Esse convite é reforçado quando aproximamos de Cristo, o Logos, a Verdade que virou carne. Essa Verdade é libertadora, foi assim que o próprio Jesus afirmou. A incoerência se instala quando falamos da Verdade mesmo quando essa não nos liberta. Sendo assim, nosso discurso se torna vazio e distante da nossa realidade. Nos alienamos. E a capa continua, nos aquecendo e confortando.

Quero ser "desencapado", mesmo que isso atinja minha imagem. Atualmente, nem tenho ligado tanto pra ela assim. Sabe por que? Porque reconheço que apesar de ser imagem e semelhança de Deus, sou essa imagem distorcida e danificada pelo pecado. Isso significa que capa alguma é capaz de disfarçar essa realidade. Minha segurança diante meu disfarce é enganoso e aparente.

Em meio a tudo isso, agradeço a Deus por sua Graça, por ele me oferecer aquilo que não mereço, por não me dar a condenação que me era por direito. Sua misericordia me motiva a ser grato. Meu desejo de mudança surge então num desejo de retribuir ao Pai àquilo que Ele já fez por mim.

Meu pessimismo não me desanima. Muito pelo contrário. Vou nesse caminho da vida lamentando minha fraquezas sem me esquecer naquele que me fortelece. Portanto, posso dizer que a Graça de Cristo me basta e, que sua Verdade, me direciona a livrar dos meus medos, rumo ao conhecimento de Deus e de mim mesmo.

[1] Romanos 7

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Eu e meus poemas


Nunca fui poeta. Nem sei se os versos que escrevo podem ser chamados de poesia. Apenas brinco com as palavras e, mesmo assim, não tenho certeza se faço com beleza. Apenas sei que poesias me chamam a atenção, principalmente as cantadas. A beleza sonora ao encontro da harmonia músical é realmente emocionante!

Entretanto, o eu-lírico não precisa ter compromisso com o que escreve. Pode falar de amor sem amar; de alegria sem sorrir; de Deus sem mesmo crer nEle. Somos convencidos pela estética: pelo poder das palavras. Temos uma atração pelo belo, mesmo que este não seja verdadeiro. Se nos agrada, somos impressionados.

E é aí que entra minhas poesias. Apesar de sua relativa beleza, procuro expressar nelas meu eu. Sentimentos profundos se externam através de pouquíssimas palavras. Quando lembro da proposta da criação desse meu blog e do que hoje ele é, fico muito satisfeito. Queria falar de cristianismo, mas tenho ressaltado o que Cristo tem feito em mim. Propus falar de cultura, porém, pouca coisa falei disso. De sociedade, menos!

O EU tem prevalecido: em prosa e versos, belos ou feios; mas nunca insinceros. Não tem sido fácil essa nova proposta. Fazer com que o eu prevaleça, significa escancarar sentimentos outrora não revelados. E mais do que nunca tenho aprendido é gritar meus medos, declamar minhas dificuldades. Assim como Jesus no Getsêmani não se envergonhou de sua dôr e sofrimento, abrindo-se aos seus discipulos, sou desafiado a agir assim, sendo esse blog um importante meio para isso.

Portanto, bem ou mal continuarei poetizando meus sentimentos; proseando o Cristo Redentor; celebrando nossa cultura e entendendo nossa sociedade. Caminhem comigo meus leitores, rumo ao conhecimento de nós mesmos.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Ah!

Ah!
Se eu falasse o muito que penso
Se eu fizesse o pouco que falo
Se agisse o mínimo que deveria:

Eu certamente seria,
uma pessoa melhor
um amigo mais amável
um cristão mais dedicado.

Ah!
Se meu lamento se transformasse em ação
Antes do meu fazer, reflexão
Se meu riso desmascarasse a tristeza:

Eu teria, com certeza,
a sinceridade que deveria
a tranqüilidade amiga,
a paz, constante que motiva.

domingo, janeiro 28, 2007

Vida sem (com) sentido


Vida sem sentido
Um sorriso esculpido
Um choro esquecido
Pois ví, um braço estendido.

Não foi um mal-entendido?
Como poderia alguem ter me erguido?
Sendo eu pobre, pecador e falido.
Senti-me constrangido por tamanho abrigo.

Em troca disso, um coração compungido
Um momento refletido,
de enfim acreditar,
numa vida com sentido.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Novidades diferentes


Se escrevia apenas em papéis!
Com penas, lápis, canetas...
E hoje? Máquinas!

Datilografia: palavra antiga, obsoleta.
Carta: só se for por e-mail.
Telegrama: que?

(...)

Ctrl C + Ctrl V...

Parece que sempre foi assim.

Como acostumamos fácil com as mudanças! Como nos adaptamos bem às novidades. Falando nisso, uma novidade deixa de ser tal em questão de minutos.
Daqui um tempo, de segundos.

Esquecemos daqueles que não conhecem essas "novidades".
Não sabem o que é ctrl, nem alt, nem del.
Nunca ouviram falar em caps look.
Nem imaginam o que é um "pen drive".

Novidade com poucas oportunidades.
Privilégios limitados.
Eis a campanha: celular pra todos,
nem que a maioria tenha dinheiro
apenas para os 3 segundos!

Eu queria
(Desligo)
perguntar a você
(Desligo)
que INCLUSÃO é essa, pow!
(você falou 0,04 segundos. Você gastou R$ 0,99 centavos).

Novidades tecnológicas,
não és tú a culpada.
És vítima também
fostes usada para o bem comum do capital,
para alegria dos que podem,
e para o desejo de quem nada tem.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Por um ano sem epitáfios


“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer”
(Epitáfio - Música dos Titãs)


O ano de 2006 acabou. Não adianta mais sentir remorso, nem ficar imaginando o que poderia ter sido melhor. Fim de ano é momento de reflexão: meditar no que foi, orar pelo que será e planejar o que tem que ser. O incômodo do que não aconteceu tem que gerar novas expectativas, novos rumos. A simples lembrança ou a indiferença do passado recente não produz nada além do continuísmo.

Essa música dos Titãs é muito interessante. Dificilmente alguém não se identifica com esse poeta ao evocar seus “devia ter”. É difícil, mas temos que reconhecer que realmente, devíamos ter amado mais, arriscado mais... Mas há um ponto nessa canção que precisa ser ressaltado: o título. Epitáfio, segundo a enciclopédia virtual wikipédia, significa “frases escritas sobre túmulos , mausoléus e campas cemiteriais para homenagear pessoas ali sepultadas, tradicionalmente, escrita em versos”.

Fazer de nossas reflexões uma placa de decoração da nossa tumba é inútil. A análise de nós mesmos tem que ser feita enquanto é tempo. Contudo, essa meditação é muito bonita quando cantada, mas um exercício difícil na vida real. Olhar pra trás nem é tão difícil, o desafio maior é fazer dessas críticas motor para uma vida nova.

Vou mais além: sem o auxílio de Deus, nossa reflexão tende ao vazio. A partir do momento que realmente Cristo faz parte da nossa vida, de forma completa, por conseqüência, nossos pensamentos são paltados sob as Escrituras, pois cremos ser esta a Palavra de Deus, ou seja, esta contém o que precisamos para desenvolver nossa pessoalidade e espiritualidade. E mais: passamos a crer que a nossa vida está no controle do Pai. Isso implica que uma mente que pensa e num coração que pulsa uma expectativa de dias melhores.

Diante disso, desejo a todos meus amigos(as) leitores(as) um ano de melhoras. Não vou desejar dinheiro, momentos felizes ou coisas do tipo. Desejo sim, que possamos enfrentar de frente todas as dificuldades que nos esperam. Espero que todos nós encaremos o sofrimento como parte da nossa existência, não de forma desesperada, muito menos masoquista. Mas sim, buscando aprender com os nossos tropeços. A alegria que peço, é a alegria de Cristo. E esta, é perene, até mesmo nas dificuldades.

Um abraço especial a todos vocês que no decorrer deste ano que passou leram minhas postagens.

Teologia e cotidiano

Pensei em escrever algo sobre o natal. Tentei, mas não saiu nada que presta. Comecei a pensar em outra coisa. Até que lembrei de algo bastante curioso. Recordei-me de um dia que estava vendo um programa de entrevistas no Globo News. O entrevistado era um renomado jornalista, o Zeca Camargo. Ele estava fazendo um balanço sobre suas viagens pelo mundo.

Na verdade, sua entrevista era para divulgação do seu livro. Entrevista vai, resposta vem, e algo me chamou a atenção. A repórter comentou sobre sua apatia com a religião. Zeca concordou. A jornalista então, fez uma pergunta brilhante: qual era sua relação com o ateísmo após ver tantas manifestações religiosas nos cincos continentes?

Antes, uma pausa. O que um ateu “sensato” responderia numa situação dessas? Tenho um palpite. Um descrente responderia que ficou impressionado com a minoridade e superstição presente em todas as culturas por ele visitadas. Entretanto, nosso querido apresentador do fantástico respondeu o aposto.

Mais uma pausa. Teria o cristianismo uma explicação à resposta do Zeca Camargo? Será que sua mudança de postura foi um simples convencimento intelectual? Pois bem, Zeca Camargo disse que após ver tanta expressão de religiosidade em todas as culturas, teria que haver um denominador comum sobre tudo aquilo. Ou seja, o jornalista ex-ateu reconheceu: “tem que haver uma entidade superior que, de alguma forma, motiva essa sede do ser humano em desvendar esse sublime”.

De fato, o cristianismo tem uma explicação coerente para o fenômeno da mudança de mente do jornalista global. Todos sabemos que Deus se revelou à humanidade de forma pessoal, através dos patriarcas - Abraão, Isaque, Jacó... - e dos profetas. Para que isso se eternizasse, essa revelação foi inspirada nas letras, que hoje chamamos de Bíblia (Revelação Especial).

Entretanto, Deus se revelou de forma completa na pessoa de Cristo, o Logos encarnado: a Palavra vida. Sobretudo, existe outra forma de revelação divina, que os teólogos denominam de Revelação Geral. Portanto, Deus não se revelou apenas de forma objetiva nas Escrituras e em Cristo, mas também através da sua criação, incluindo, a humanidade.

Apesar de a humanidade carregar a mancha do pecado, não deixamos de ser “imagem e semelhança de Deus”. Apesar de essa imagem estar distorcida pelo pecado original, pela Graça de Deus, essa imagem apesar de desfocada, continua ser a imagem de Deus. Portanto, segundo o teólogo Vicent Cheung, “o conhecimento de Deus pelo homem é só possível porque Deus fez o homem a sua imagem, de forma que há um ponto de contato entre os dois, a despeito da transcendência de Deus” (CHEUNG, Vicent, Teologia Sistemática).

Por isso Zeca Camargo reconheceu a Deus, por ter tido um contato de forma concentrada com a humanidade, de forma bastante plural. Obviamente, não siginifica que o Zeca se tornou cristão. Apenas deixou de ser cético como era.

Obs.: obviamente, não me lembro das palavras usadas pelo Zeca Camargo na entrevista. Mas é mais ou menos isso que coloquei (rs).

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Arte - História - Ciência


Como um músico compõe uma canção,
Como um poeta expõe seus sentimentos num papel,
Como um artista faz uma argila digna de admiração:
Eu escrevo e faço História.

Faço arte com a ciência,
Imagino sobre os dados empíricos
Especulo sobre as lacunas,
Eu escrevo e faço História.

Dia-a-dia reconcilio duas irmãs separadas,
A senhora arte e a dona ciência.
Esta desprezou aquela,
Aquela achou que não precisava desta.
Por isso continuo
escrevendo
e
fazendo
História.

sábado, dezembro 16, 2006

A Totalidade da Graça

Muito me intriga a dicotomia entre espiritual e secular que os cristãos acreditam. Parece que Cristo é apenas Senhor da nossa espiritualidade, não das nossas atividades, sentimentos e relacionamentos. Quando assim pensamos, enganamos a nós mesmos. Ou Cristo está presente em nossa vida como um todo, ou está ausente. Não existe uma presença parcial ou incompleta.

Aliás, na carta de S. Paulo aos Efésios cap 1:10, mostra que através do sacrifíco de Cristo na Cruz, ele fez congregar Nele, "todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra". Isso significa que todas as coisas estão convergidas em Cristo mediante a redenção. Ora, por que insistimos em compartimentar nossa vida no que é ou não espiritual, sendo que em Cristo está todo o domínio?

Portanto, espiritualidade é conseqüentemente, um caminhar na totalidade da Graça. É compreender que, "quer comamos, quer bebamos, quer façamos qualquer outra coisa, fazemos para glória de Deus" - como disse S. Paulo. Ora, glorificar a Deus não se restringe a cultos e devocionais, mas num caminhar reconhecendo Cristo como Senhor, adorando-o com a vida, fazendo com que Cristo esteja presente em cada parte de nossa vida.

Isso significa que somos livres para o mal? Certamente que não. Dizer que todas as coisas convergem para Cristo não é afirmar que o pecado faz parte desse pacote. Somos pecadores e todas as nossas obras, sejam elas boas ou não, estão manchadas e distorcidas pelo pecado. Porém, é aí que entra a totalidade da Graça. Somos completamente pecadores, mas plenamente redimidos. Portanto, o não espiritual em nossa vida não é o não religioso, mas aquilo que de alguma forma não revela nosso carater de redimidos.

Entretanto, não dá pra dizer ao certo o que em nossa vida secular contradiz a Graça, pois, em suma, tudo deveria convergir. Portanto, o que nega e diverge com nossa redenção, é pecado. Ou seja, pecado não tudo que é secular, porém, tudo que nos impede de vislumbrar a Graça e de ter um maior comunhão com Deus. Isso pode ser relativo de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. O que nos resta é conhecer os princípios bíblicos, para que possamos refletir sobre o que fazemos ou pensamos.

Lembremos, como disse C. S. Lewis no livro Cristianismo Puro e Simples, o critianismo não é a religião da abstêmia, mas da moderação e do "tudo é lícito, mas nem tudo convém". Que tenhamos sabedoria para não rejeitar as coisas boas da vida em nome de Cristo, pois muitas destas coisas são saudáveis a nós. O que nos "edifica" não é apenas o que é falado na igreja, mas aquilo que nos completa, tanto no nosso caminhar diário com Deus, quanto no nosso crescimento como seres humanos.

"Porque dele e por Ele, e para ele são todas as coisas".

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Uma triste poesia


A arrogância me desanima.
A intolerância me desatina.
A dúvida perpassa minha mente.
O desgosto surge de repente.

Pergunto, por que tudo isso?
Onde inventaram um Cristo dividido?
Por que tanto exclusivismo?
Pra quê tanto 'excluivismo'?

Diversidade que me desafia.
Unidade que me ilumina
Humildade, esta me inspira.
Amizade, me re-anima.

Um tapa é dado
Um rosto é virado
O amor, quem sabe,
talvez,
um dia,
entre nós cristãos,
novamente,
compartilhado.

obs.: Um sentimento expresso por ler na internet ofessas entre cristãos de diferentes denominações.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Amigos, amigos!

O sorriso de vcs, amigos, me provoca risos!
O choro de cada um umidece meus olhos.
O sucesso todos vcs também me alegra.
É bom ter amigos. É gratificante vê-los crescer.
Melhor ainda é crescer juntos!" (BIANCH, Gustavo)


Música que tem ocupado bastante minha mente:

Canção Da América
Milton Nascimento

Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de 7 chaves,
Dentro do coração,
assim falava a canção que na América ouvi,
mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir,
mas quem ficou, no pensamento voou,
o seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou,
uma lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito,
mesmo que o tempo e a distância digam não,
mesmo esquecendo a canção.
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Seja o que vier,
venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.









quarta-feira, novembro 29, 2006

O Desafio de ser eu mesmo


O individualismo propagado na nossa sociedade moderna afeta cada um de nós, obviamente, em graus diferentes, porém, relevantes. A impessoalidade faz parte de nossa agenda pessoal. Podemos nos relacionar com todos, embora possamos na mesma proporção ser superficiais. A tecnologia derrubou os limites geográficos, mas não impediu que a frieza e o egoísmo imperasse de forma monumental nas nossas relações. Nunca tivemos tanta opção para nos entrerter, entretanto, ao mesmo tempo, a humanidade parece mais triste, deprimida.

Ou entramos nessa lógica perversa e desumana da impessoalidade ou aceitamos o desafio de ser profundos e verdadeiros. Desafio significa trabalho. Trabalho requer gasto de energia. Energia tem um alto preço (vide o preço do barril de petróleo rsrs). Como assim? Isso mesmo! Estou te dizendo que existe um preço a ser pago pela pessoalidade, para sermos quem somos de verdade. O natural é nos escondermos atrás da imagem que criamos de nós mesmos. Já parou pra pensar que vendemos essa representação nossa para sermos aceitos?

Não estou dizendo que temos que ser um livro aberto para todos. Apenas ressalto a necessidade de refletirmos na imagem que criamos sobre nossa realidade. Não estou escrevendo isso por ser um exemplo, muito pelo contrário, a cada vez que penso sobre isso vejo o quanto as pessoas me conhecem menos. Sou mais carente do que demonstro. Estou sempre querendo a atenção dos meus amigos, mas nem sempre tenho coragem de expressar isso, uma vez que tenho pavor de ser considerado problemático. Ora, sou apenas um neurótico como todos são um pouco - já dizia Sigmund Freud Freud. Portanto, tenho que assumir isso, independente se acho que serei aceito ou não.

Isso se chama alienação: querer ser o que os outros desejam que eu seja. Logo eu que protesto tanto contra a alienação política e social descubro que sou um alienado de mim mesmo. Que difícil conclusão! É um tiro consciente no próprio PÉ. Para ser verdadeiro com os outros preciso, antes de tudo, ser honesto comigo mesmo, para enfim, ir desmanchando a imagem bonitinha que crio de mim, para enfim, ser quem eu realmente sou.

Isso não acontece de um dia para o outro. Requer diálogos pessoais, que inclua um bom gasto de tempo. Perguntar como os outros realmente estão é um grande passo - digo realmente em destaque porque acredito que isso seja muito mais que um simples comprimento. É certamente um bom começo porque assim, abrimos uma oportunidade para que o outro também questione como estamos, para assim, podermos expressar nossa condição.

O desafio está lançado. Todos estão convocados: tímidos ou desinibidos; fortes ou fracos; possuidores de muitos amigos ou não. Que Deus nos instrua nessa caminhada. Que o amor seja nossa grande motivação e o principal combustível para essa importante tarefa.

segunda-feira, novembro 20, 2006

O que é música boa?


O conceito de música boa é bastante subjetivo. Portanto, toda opinião expressa aqui é estritamente relativa ao meu gosto musical - que muitos acham um lixo(rsrs). Longe de mim querer supor um padrão único por algo tão pessoal quanto à sensibilidade musical. Sendo assim, leia-se antes de cada frase minha um grande "NA MINHA OPINIÃO", que será ocultado do texto por motivos estéticos e retóricos(rsrs).

Antes de mais nada, música tem que ter sentimento. O intérprete, sobretudo, tem que procurar externar ao menos alguma coisa daquilo que ele canta. Não digo de gestos mecanizados e ensaiados, porém, de uma expressão vocal relativa à canção. Uma pessoa que fazia isso muito bem, era a Elis Regina. Em algumas canções ela não conseguia conter o riso, tamanha emoção transmitida na música.

Obviamente, para que essa emoção flua, a mensagem da música precisa ser relevante. Tenho uma impressão que em geral as pessoas importam menos com a poesia do que outrora - década de 60, 70 e momentos do 80 -, quando a música brasileira era repleta de conteúdo. As letras do Chico Buarque, por exemplo, estavam ligadas ao contexto que ele vivia. Música pra ele e outros de sua geração era muito mais que poesia bonitinha e vozes afinadas, mas sim uma forma de levar uma mensagem.

A lógica de mercado tendencia a mensagem da música. Nunca se falou de amor com tanta superficialidade! Até mesmo a música cristã se contaminou com essa novidade. Letras curtas, refrãos repetitivos e uma poesia rasa, que fala mais em experiências intimistas com Deus do que um relaciomento profundo que tem a Bíblia como inspiração para as canções.

Música boa é emoção, poesia, mas também técnica. Não adianta dar uma poesia de Vinícius de Morais para MC Serginho que não sairá coisa boa (acho)! Música tem que ter harmonia bela, de preferência com uma gostosa mistura de vários gêneros músicais, como jazz com percussão, samba com guitarras, "berimbal elétrico", "maracatú psicodélico" e assim vai.

Contudo, muitas vezes é difícil reunir todos esse elementos de uma só vez. Um ou outro músico se destaca em um desses e tropeça em outros. Por exemplo, o Legião Urbana tem letras maravilhosas, embora tecnicamente eles sejam fracos - é só lembrar do acústico MTV, que nos tortura com aqueles violões desafinados, mas nos emociona com sua letras belíssimas. Entretanto, os Beatles se destacaram mais pelo som do que pelas letras, que apesar de muitas serem fantásticas, no geral, muitas beiravam o ridículo, como Yellow Submarine e Doctor Robert.

Enfim, emoção, poesia e harmonia são os componentes de uma boa música, apesar de cada desses elementos serem subjetivos. Mais importante que isso, é gostar do que ouve, independente se se enquadram ou não nessa formulinha que montei. Música é arte; arte é gosto; e gosto não se discute - mesmo quando um chato como eu resolve fazê-lo! : )

sábado, novembro 18, 2006

Unidade na Diversidade



A mania de exclusividade é inerente à natureza caída do homem. O entendimento que somos únicos detentores da verdade é decorrente em diversas sociedades, desde as mais tradicionais até as megalópoles atuais. Essa sensação exclusivista acarreta uma série de conseqüencias, uma vez que o possuidor da verdade parte do pressuposto que o outro está obscurecido pela mentira.

Portanto, essa postura de desprezo ao outro revela certamente, um profundo desconhecimento da Verdade. Se cremos que Cristo é o Logos (o verbo de Deus) encarnado[1]; a Verdade viva, temos obrigatoriamente reconhecer o outro, pois, o próprio Cristo ordenou que amassemos nosso próximo como nós mesmos. Temos que levar em conta que quando nos consideramos os únicos portadores da verdade, damos à verdade uma dimensão menor que ela tem. Cristo não está circunscrito nem limitado à nenhum grupo. Se engana quem assim o acha.

Essa arrogância atinge católicos e protestantes. Ambos se acham os tais! Incrível! Os católicos - muitos deles -, se consideram "A Igreja de Cristo". Uma vez ví numa discussão no orkut, um jovem afirmando os católicos fazerem parte da grande barca de Pedro, sendo os protestantes uma pequena lasca que se dissindiu. Temos que ter em mente que existe apenas UM Corpo de Cristo, sendo que Este não é visível ou circunscrito à uma denominação. A Igreja de Cristo é a comunhão daqueles que foram remidos pelo sangue do Cordeiro, independente da igreja.

Os protestantes da mesma forma se acham os únicos membros da grande congregação dos justos. Pensam que as diferenças doutrinárias são suficientes para tocar a essência do evangelho. Ora, não estaria a autenticidade do cristianismo na espiritualidade baseada na Trindade? Não seria Cristo o vínculo da Paz? Obviamente continuamos protestantes. Isso significa que nossas diferenças serão mantidas. No entanto, não podemos desprezar aquilo que nos une, a CRUZ de Cristo.

O que estou ressaltando aqui não é uma plena união denominacional entre evangélicos e católicos, mas sim, uma busca do reconhecimento do outro como parte da comunhão que temos com Cristo. Isso significa que podemos ser benção para ambas partes, pois cremos que existe unidade na diversidade. Que avancemos mais no diálogo e na busca de compreensão mútua. Que o amor entre os cristãos cresça, de forma que o mundo veja a plenitude da Graça sobre nós. Que celebremos nossa diversidade, mas que lamentemos nossas divisões.

[1] João 1:14 => "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."

* Foto: Daniel (Luterano), Renato (Católico) e Gustavo (Presbiteriano)

terça-feira, novembro 14, 2006

Sem inspiração

Estava com muita vontade de voltar a postar. Faz exatamente uma semana que não escrevo nada. Entretanto, essa minha expectativa fica de certa forma insuperada, pois estou sem nenhuma inspiração. É como se não tivesse nada pra compartilhar com ninguém. Como se minha cabeça estivesse vazia ou, talvez ocupada, mas por nada que mereça destaque para ser exposto nesse humilde blog.

Por que ficamos sem inspiração? Por que as quando queremos as palavras não vêm em nossa cabeça?

Me esforço... me esforço e,... nada!

Talvez eu poderia falar sobre música ou sobre cultura, pois, isso também faz parte do tema desse blog, apesar de até hj não ter escrito nada sobre isto. Não o fiz exatamente por falta de inspiração. Imagine se eu fosse um artista plástico? Chega um cara perto de mim e diz: "Quero uma escultura, tem como vc fazer para mim?". Caraca! Na anorexia inspiracional que me encontro no momento, entregaria para o suposto cliente um interrogação gigante de cor azul.

Pra falar a verdade, tenho tido um sonho atualmente. De fato, esse sonho tem ocupado minha mente mais do que eu imaginava. Se eu tivesse lembrado disso antes, poderia até ter colocado esse sonho como tema desse post. Já que minha falta de inspiração me impede de escrever um texto descente sobre esse sonho, pretendo escrever sobre isso posteriormente, quando minha mente estiver mais tranqüila.

Após ficar mais de 30min pra escrever esse pequeno fragmento, vou ficando por aqui.

AQUELE abraço.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Ele se Foi, mas ficou!


Um grande amigo se foi.
Doeu demais.
Parece que foi cedo demais.
Ele se foi.

Quem me chamará de novo para desabafar?
Quem me alertará dos meus excessos?
Quem me confortará dos meus medos?
Ele se foi.

Mas ficou!
Suas palavras não morrem jamais.
As lembranças de nossa caminhada permanece fresca,
viva, acesa!

Ficou a lembrança que a pessoalidade pode triunfar a superficialidade do nosso tempo
Ficou o desejo de usar meu conhecimento para transformar a realidade de onde me encontro
Ficou a motivação de Deus ser Senhor do meu tempo

Ficou a gratidão por este querido amigo ter sofrido tanto para me ensinar todas essas coisas.

Ele se foi, mas Ficou!
A esperança de nos encontrarmos de novo.
No Céu, com O Pai,
no lugar onde não haverá dor,
nem excessos, nem medos.

Essa é minha pequena homenagem ao meu grande amigo André Leandro (Lelê) que faleceu dia 07/11/06.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Ninguém me ama, ninguém me quer


Auto-estima baixa: um estado de espírito para uns, uma constante realidade para outros. O sentimento de inferioridade não é criterioso em sua vitmização, pois este se encontra em ricos, pobres, negros, altos, feios, inteligentes e assim vai. O que verdadeiramente incomoda são as marcas que esse sentimento pode deixar na vida das pessoas, que vai desde um simples distanciamento até uma profunda depressão.

O que temos que ter em mente é que, em grande parte, somos injustos com nós mesmos. A baixa-estima em geral, inicia-se a partir de critérios práticos, não de caráter. Ou seja, sentimos inferiores pelo que não temos, pelo que não fazemos, contudo, esquecemos que o ser é mais importante do que ter e, o existir mais importante do que fazer.

Isso geralmente ocorre quando colocamos o outro como referencial. Quando fazemos isso, somos novamente injustos, pois negamos a individualidade de cada um e colocamos todos num só patamar, porém, nos mantendo abaixo deste. Temos que lembrar que o outro é apenas diferente de nós, sendo que uma qualidade ou outra não é suficiente para definir a superioridade alguém sobre outro.

Amigos, não estou querendo dar uma de psicólogo aqui. Muito menos dar uma simples fórmula "auto-ajudística" que ensine os 10 passos para vencer a baixa-estima. Ter uma estima saudável requer esforço, amizade, tranqüilidade e também, oração. Isso não adquire de um dia para outro, mas sim, numa tentativa contínua de encontrar-se com o próprio eu, reconhecendo nossa individualidade e, acima de tudo, reconhecendo que somos importante, pois somos amados não pelo que fazemos, nem pelo que temos, mas pelo que somos.

Que Deus nos ajude buscar uma vida emocional mais saudável.

terça-feira, outubro 31, 2006

489 anos da Reforma Protestante: Um momento para refletir


No início do século XVI, um monge agostiniano indignado com a espiritualidade cristã do seu tempo, proclamou 95 teses em protesto, dentre várias coisas, questionando a combrança de indulgências, politicagem eclesiástica e, levantando também críticas em relação à infalibilidade papal e principalmente, mostrando um novo entendimento sobre a justificação pela fé.

Ao ler na Epístola aos Romanos "o justo viverá pela fé", Lutero sentiu-se incomodado o quanto ele e a igreja buscava trocar suas atividades pela Graça de Deus. Portanto, o monge vislumbrou a Graça de forma completa, demonstrando que as boas obras decorrem da justiça de Deus imputada em nós através de Cristo, não como outrora pensava, que a Graça provinha de obras.

Esse movimento com quase 500 de início é muito inspirativo para nós hoje. Atualmente temos vários motivos para protestar. Lutero questionou o catolicismo que ele fazia parte, hoje temos que reformar o protestantismo que vivemos. Temos que protestar contra a veneração dos resultados que, maliciosamente, desconsidera a qualidade em detrimento de uma igreja cheia que gera conforto aos líderes.

Protestamos também à falsa tentativa de compra da Graça de Deus por meio de jejuns, orações longas e outras formas desesperadas para obter uma "intimidade" com Deus. Sobretudo, lamentamos e indignamos com a constante busca dos cristãos por revelações extra-bíblicas, que tendo obsessão por respostas divinas e instantâneas desprezam a relação entre Escrituras e o Santo Espírito como a revelação de Deus para hoje e sempre.

É lamentável tudo isso. Muitas vezes me envergonhei de dizer que sou evangélico. Contudo, esse é o povo - os cristãos espalhados por essa Terra, não apenas os evangélicos - que Cristo se entregou na Cruz por eles. E essa deve ser nossa motivação. Apesar das mazelas da Igreja - não só a evangélica, mas a Católica Romana e a Ortodoxa -, Cristo permanece como Redentor e Senhor dela, tornando para nós baluarte perante qualquer situação.

Portanto, que caminhemos cientes dos nossos desafios. Que confiemos na Graça daquele que Vive e voltará para buscar sua Igreja.